3 de novembro de 2013

Habituei-me a achar que devia sempre estar lá, dar-te a minha opinião, os meus concelhos, a tentar ser uma espécie de voz da razão, já que é verdade que acho que tenho sempre razão. Mas já não temos 15 anos pois não? Já somos adultas, somos totalmente responsáveis pelas nossas decisões e portanto merecemos aquilo que resulta delas. Finalmente percebi que me devo preocupar apenas com as minhas próprias decisões, as minhas próprias atitudes, e não com as dos outros.
Quem sou eu para ter opiniões sobre se o amor dos outros é verdadeiro, se vale a pena, ou até mesmo se os faz feliz? Se duas pessoas estão juntas é porque querem ou, pelo menos, é porque acham que se merecem. Mesmo que não se amem, que não valha a pena, que não os faça feliz, não me cabe a mim intervir. Até porque depois faço papel de má, porque falo mal dos outros, quando, na verdade, tudo o que eu sei dele é o que sai da tua boca. E é daí e apenas daí que vem a má ideia que tenho. Das vezes que me pedias para estar contigo porque não podias estar mais com ele, de te ver dias seguidos e teres sempre mais coisas más para dizer, e de teres admitido que uma decisão - que eu sempre achei que não tinha qualquer sentido - foi uma das piores coisas que fizeste na vida. Se eu digo o que digo é porque te queria ver feliz. Mas tal como eu disse, já não temos 15 anos pois não? Escolhas são escolhas e cada um tem as suas.

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